Ensino levado a sério: esse é o passaporte para o futuro
É dia da criança! Já brincaste hoje?
Desde que cheguei aqui, caminho diariamente pelas ruas de Canidelo, a freguesia em que moro. É uma ótima forma de conhecer os arredores e familiarizar-me com a vida aqui. Hoje (1/6), ao caminhar pela rua do Meiral em direção à rua Bélgica (que merece um texto futuro), passei pela escola básica do Meiral decorada com balões, celebrando o dia da criança, que é comemorado aqui no dia 1º de junho. Uma tenda chamou a minha atenção, expondo algumas peças à venda. Pertence à APEM – Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola do Meiral.
A qualidade do ensino deve ser uma prioridade em qualquer país. Em Portugal, este é um assunto sério para pais, professores e alunos – os consumidores finais desta cadeia produtiva, se assim podemos chamar. O ensino é ministrado em escolas básicas (equivalente ao nosso 1º grau) e em escolas secundárias – equivalentes ao ensino médio brasileiro. O sistema de ensino português tem uma taxa de alfabetização (2021) de 96,9% e ocupa a 41ª posição mundial em matéria de educação, com cerca de 1,614 milhões de alunos.
“Aqui na escola do Meiral, temos 12 turmas, sendo 8 do ensino básico (do 1º ao 4º ano) e 4 do jardim de infância (dos três aos seis anos)”, explica Eduardo Gomes, vice-presidente da APEM. Mensalmente, encontram-se com os pais dos alunos para discutir temas de interesse. Depois reúnem-se com os professores e o coordenador da escola, e em seguida partilham o resultado da reunião no grupo do WhatsApp.
Alexandre Silva (no centro da foto abaixo) é o presidente da Associação e termina o seu mandato no final deste ano letivo. Inspetor do Ministério da Economia e com uma filha de seis anos na escola, explica que a venda dos itens expostos ajuda a criar experiências para as crianças, como hoje – no dia da criança, em que decoraram a escola e colocaram brinquedos insufláveis no recreio. “Na Associação, procuramos criar experiências para as crianças. Se não o fizéssemos, por exemplo, o dia da Criança passaria em branco”.
Ele conta que todas as escolas em Portugal são inclusivas e os alunos com dificuldades têm terapia ocupacional e terapia da fala, conforme necessário. Nesta escola – assim como em algumas em Portugal – além dos portugueses, há alunos vindos de Inglaterra, Ucrânia, Brasil e outros países. Alexandre destaca que os brasileiros mostram muita habilidade para aprender diferentes idiomas e se adaptarem. Isso é verdade.
As minhas sobrinhas-netas chegaram com os pais há três anos e meio. Os primeiros tempos na escola não foram fáceis. Tiveram de compreender o idioma falado e escrito e assimilar o sistema. Hoje, explicam de forma clara como tudo funciona e têm opiniões sobre mudanças no ano letivo, além de terem colegas que se tornaram amigos. Em setembro, a Marina irá para o 9º ano – o último do ensino básico – e a sua irmã Catarina irá ingressar no 10º ano, o primeiro do ensino secundário – equivalente ao nosso 2º grau – que está dividido em cursos científicos e humanísticos. Qual semelhança com os antigos Científico ou Clássico que tínhamos no Brasil é pura verdade!
Agora, fica a curiosidade de saber como a Escola do Meiral irá celebrar o Halloween e o magusto, uma festa popular que ocorre em algumas datas específicas e que é comemorada com grupos de amigos e famílias reunidos em torno de uma fogueira, onde são assadas castanhas. Eu já contribuí um pouco, comprando uma caneca térmica com o logotipo da APEM!
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